
Rede de intrigas envolvendo paraibanos na visita de Lula a Natal
Por Josival Pereira
Parece meio inacreditável, mas os bastidores da passagem de Lula pelo Rio Grande do Norte foram apimentados com bastante intriga sobre a política da Paraíba, em alguns momentos envolvendo o próprio líder petista.
A rede de intrigas teria funcionado no espaço onde ocorreu a 1ª Feira Nordestina da Agricultura Familiar.
São vários os lances.
Primeiro. Lula com o ex-governador Geraldo Alkmin começaram a visitar os stands, acompanhados por lideranças locais, e dirigentes do PT, entre eles, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, teriam ficado acompanhando à distância.
Integrantes da comitiva petista da Paraíba teria se aproximado e cochichado que o governador João Azevedo teria armado um aparato no stand do Estado para “comprometer” Lula. Havia repórteres de televisão, rádio, portais e blogs, muitas câmeras e vários secretários.
Gleisi teria se irritado e até tentado desviar Lula do roteiro do stand na Paraíba. Lula foi, mas teria sido avisado do “clima” no stand onde estava o governador João Azevedo. Talvez por isso tenha falado pouco.
Segundo. Enquanto Lula recebia um abacaxi orgânico da Paraíba, a presidente Gleisi teria exposto a militantes da Paraíba os motivos de torcer o nariz para o governador João Azevedo. Teria atribuído ao governador a intensidade mais exacerbada pelos confrontos do PT durante as eleições municipais em João Pessoa. Haveria “financiamento” do governo ao grupo liderado pelos deputados Frei Anastácio e Anísio Maia (a expressão financiamento no sentido de apoio da estrutura do governo).
Teria chegado a se lamentar que, por culpa do governo da Paraíba, havia sido obrigada a se desgastar com punições a Anísio e petistas da Paraíba.
Terceiro. Disseram a Lula que o deputado Frei Anastácio estaria “falando dele”. Ao sair do stand da Paraíba, o ex-presidente teria ido ao grupo onde estaria integrantes da comitiva nacional do PT com militantes paraibanos e perguntado o que o Frei tinha falado. Ouviu que o parlamentar teria dito que “Lula não era de nada na Paraíba” e que “não o seguiria nas eleições estaduais”. Se referiam a uma declaração de Anastácio segundo a qual apoios de candidatos a presidente não são decisivos nos Estados.
Quarto. A velha Candinha ainda teria ouvido Lula dizer “destá que ele me paga”.
Quinto. parece que as intrigas funcionaram.
Se está começando assim, imagina no miolo da campanha.