
Tática do governador para garantir apoio do Republicanos a Aguinaldo é buscar adesões individualizadas
Por Josival Pereira
O governador João Azevedo (PSB) parece tranquilo quando à possibilidade de aliança com o Progressistas e à apresentação da candidatura do deputado Aguinaldo Ribeiro a senador. Foi o que transpareceu da coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira.
Mesmo evitando falar nomes para a chapa, o governador discorreu sobre o processo de construção da aliança, garantindo que tem conversado com o deputado Aguinaldo Ribeiro, o prefeito Cícero Lucena e os deputados Hugo Motta, presidente do Republicanos; Wilson Santiago e Adriano Galdino, presidente da Assembleia, entre outros.
Mais descontraído, o governador João Azevedo deixou até escapar a estratégia para acalmar o Progressistas quanto ao apoio do Republicanos à candidatura de Aguinaldo ao Senado.
Num primeiro momento, o governador disse entender que, na aliança, todos os aliados votam na mesma chapa. Fecha o palanque. Na sequência, indagado especificamente sobre o problema dos Republicanos que já declararam apoio à candidatura de Efraim Filho, o governador foi assertivo, afirmando que seriam resolvidos “caso a caso”. Ou seja, vai buscar os desgarrados.
As declarações do governador permitem imaginar que as cobranças dos Progressistas Cícero Lucena e Aguinaldo Ribeiro, além de aliados, de que a aliança e a candidatura ao Senado só seriam concretizadas com o compromisso de apoio dos Republicanos Hugo Motta, Wilson Santiago e Adriano Galdino à chapa governista por inteiro, ganharam uma resposta flexibilizada.
Trocando uma miúdos: o apoio à candidatura de Aguinaldo ao Senado não viria de uma grande ação dobrando os Republicanos e alterando, de imediato, a intenção de voto dos líderes da legenda que já manifestaram apoio a Efraim. A cooptação ocorreria no decorrer da campanha, mas de forma mais suavizada e menos vexatória para todos.
Pelo andar da carruagem nos últimos dias, Aguinaldo e demais líderes Progressistas passaram a confiar na tática sugerida. Afinal, é de voto em voto que se elege um candidato.